Nos últimos dias, uma polêmica tomou conta do noticiário corintiano: a troca de camisas entre Memphis e Rodrigo Garro. O argentino, que herdou a 10 no meio do ano passado, passou a usar a Camisa 8 no Corinthians, cedendo seu antigo número ao holandês. Mas, ao contrário do que muitos pensam, essa mudança não foi uma perda para Garro — foi um verdadeiro presente.
A simbologia da camisa 10 e a identidade corintiana
A camisa 10 é lendária no futebol mundial. Jogadores históricos já a vestiram no Corinthians, como Rivellino, Zenon, Neto, Douglas e Jadson. No entanto, diferentemente de outros clubes, onde o número 10 sempre carrega o peso máximo, no Timão, os maiores ídolos e símbolos de raça e entrega muitas vezes usaram outro número: a 8.
Isso não significa desmerecer os que usaram a 10, mas sim reconhecer que, na história, a camisa 8 no Corinthians carrega um significado ainda maior.
Os grandes camisas 10 do Corinthians
Alguns jogadores que vestiram a 10 deixaram sua marca no clube:
- Rivellino (1965-1974): Ícone técnico, injustiçado ao sair sem títulos pelo Corinthians, chegou a dizer que trocaria a Copa do Mundo de 1970 por uma conquista no Timão.
- Zenon (1982-1986): Meia clássico, peça fundamental no elenco da Democracia Corintiana ao lado de Sócrates, Casagrande e Biro-Biro, pouco lembrado pela mídia.
- Craque Neto (1989-1993, 1996-1997): Honrou e honra o manto do timão, é símbolo do título brasileiro de 1990, além de Paulista de 1997.
- Douglas (2008-2009, 2011-2013): Maestro na volta do Timão à elite e peça-chave na conquista da Libertadores e do Mundial.
- Jadson (2016-2019): Magic Jadson. Bicampeão brasileiro (2015 e 2017) e tricampeão paulista.
- Edílson Capetinha (1998-2000): Protagonista no Mundial de 2000 e nos títulos brasileiros de 1998 e 1999.

Outros grandes nomes, como Ricardinho e Danilo, usaram a 10 em alguns momentos, mas construíram suas historias com outros números a 11 e 20 respectivamente. Carlos Tévez, fundamental no título brasileiro de 2005, também teve uma passagem marcante, contratação mais cara da historia do Timão, mas foi um curto período, nunca fez questão de voltar ao clube, mesmo estando em fase ruim e jogado na Europa. E o Corinthians tentou diversas vezes a sua volta, não é ídolo.
Agora, pelo amor de Deus, não me venham com Roger Guedes como ídolo.
Os lendários camisas 8 no Corinthians
Se para a 10 foi necessário justificar cada nome, para a 8 basta citar os gigantes que a vestiram:
- Basílio: Autor do gol do fim do jejum em 1977.
- Sócrates: Gênio, símbolo máximo do clube e craque dentro e fora de campo.
- Renato Augusto: Reinato Augusto
- Paulinho: “PQPaulinho”, decisivo na Libertadores de 2012.
- Ezequiel: Importante na conquista do primeiro Brasileiro (1990).
- Luizinho: 608 jogos pelo Timão e seis títulos.
- Freddy Rincón: Um monstro dentro de campo, maluco era embaçado

Paulinho comemora com torcedor após gol contra o Vasco na libertadores de 2012 (IMAGEM: CAPA DA REVISTA LANCE)
Percebeu a diferença? Para os camisas 10, foi preciso explicar cada nome. Para os camisas 8, os nomes falam por si só.
Rodrigo Garro não perdeu a 10 — ele ganhou a 8
Diante de toda essa história, fica claro: Garro não foi rebaixado ao trocar de camisa, ele foi promovido. A 8 é um número de respeito no Corinthians, sinônimo de raça, talento e liderança.
E antes que alguém questione: “Se a 8 é tão importante, por que Charles usava?” Bom, lembre-se que Matías Rojas usava a 10, e Willian também… Certo?
E aí, concorda ou discorda?
#VaiCorinthians! 🏴🏳️